No período pós férias de verão, como antecipa estes quatro meses até ao final do ano, a nível económico do país e da sua atividade, em particular?
Bernardo Trindade – Continuaremos a sentir o efeito do termo comparativo, entenda-se a comparação com 2023. O ano passado foi o melhor ano de sempre e o desafio é melhorá-lo. O que não é nada fácil. Dependendo de região para região, o comportamento vai-se alterando. A Madeira, pese embora o tema dos incêndios, as condições de vento no aeroporto, tem mostrado uma resistência forte. A procura mantém-se em alta.
Noutras regiões como Lisboa, Porto ou Algarve, é a melhoria do preço de venda que dita o resultado, pois não tem sido fácil melhorar as taxas de ocupação. O setor da restauração está a ressentir-se, com quebras em todo o país, com turistas nacionais e estrangeiros a serem mais prudentes na hora de despender.
Se o OE 2025, que será apresentado em outubro, não passar em novembro, deve haver novas eleições? Ou que outra solução deveria ser encontrada, nesse cenário?
BT – Espero que seja possível o entendimento entre os maiores partidos para a aprovação do orçamento. O governo tem tido o cuidado de legislar matérias sensíveis fora do orçamento. O PS tem mostrado disponibilidade para entendimentos. Como agente económico espero normalidade, previsibilidade, estabilidade.
O que mais apreciou neste primeiro ano do “Portugal Amanhã”?
BT – Num ambiente concorrencial forte, aprecio muito a forma como toda esta equipa, do digital ao papel, tem procurado com competência tratar os assuntos da atualidade. Registo também as boas parcerias que têm sabido construir com os diversos setores económicos e sociais. O respeito pela diversidade de opiniões tem sido respeitado. E isso é muito bom.
