Tarifas EUA. O que dizem os principais exportadores

O grau de incerteza continua a ser elevado, mas os principais setores exportadores já fazem ‘contas à vida’ ao impacto que as tarifas americanas poderão ter nas suas atividades.

Apesar de a economia portuguesa estar sobretudo dependente das exportações para a União Europeia, as tarifas anunciadas por Donald Trump causam impacto. Esta semana, Paul Krugman, Nobel da Economia, considerou que Portugal está mais exposto do que a média da União Europeia. Esse risco «está relacionado com as várias características estruturais da economia portuguesa», considera Paulo Monteiro Rosa, economista do Banco Carregosa.

Ao Nascer do SOL, o responsável lembra que as exportações para fora do espaço comunitário têm um peso mais limitado, com os EUA a representarem cerca de 6,7% do total. «Apesar de não se tratar de uma parte considerável no contexto global das exportações portuguesas, os EUA são, ainda assim, o principal destino extracomunitário, o que confere alguma relevância estratégica, sobretudo em setores como o têxtil, calçado, cortiça, vinho e componentes automóveis que podem ser particularmente sensíveis a alterações tarifárias», admite.

No entanto, reconhece que Portugal tem uma capacidade de resposta mais limitada face a choques externos quando comparado com economias maiores como a Alemanha ou a França, «que beneficiam de um mercado interno bem mais amplo e robusto, capaz de absorver com maior facilidade aquilo que não é escoado para o exterior», acrescentando ainda «que dispõem de uma maior margem fiscal e de instrumentos mais eficazes para mitigar os impactos de eventuais tarifas impostas por uma administração como a de Trump».

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