Economia, Empresas e Famílias: res non verba

O desafio do novo governo é tudo fazer para o país crescer, numa conjuntura económica e política dura.

O novo primeiro-ministro já revelou o programa de Governo e a principal ideia é que terá de haver um estímulo ao crescimento económico e criação de riqueza, para se conseguir resolver problemas concretos dos cidadãos, cumprir promessas ou realizar obra. Sem isso, de pouco vale haver excedente orçamental ou uma suposta folga nas finanças públicas.

Por maiores, mais justas ou mais mediáticas que sejam as reivindicações corporativas ou socioprofissionais, o novo governo terá de ter coragem para decidir prioridades, por mais instável que seja a atual maioria no Parlamento. E deve saber comunicar com eficácia, porque o dinheiro não estica e é preciso contemplar o atual cenário de abrandamento da economia mundial e europeia, com efeito na economia portuguesa.

Há realmente margem para descidas de impostos ainda este ano? Aumentar despesa social deixa folga para mais investimento público, sem derrapagem orçamental? Esse é o desafio de Joaquim Miranda Sarmento, o novo ministro de Estado e das Finanças – e ex-colunista deste jornal, assim como António Leitão Amaro – a quem formulamos votos de êxito, num contexto político desafiante. Aliás, o debate “Sim ou Não” desta edição formula os desafios económicos e financeiros deste governo através de visões distintas de António Rebelo de Sousa (Ordem dos Economistas) e de Paulo Carmona (FAE – Forum dos Administradores de Empresas).

Para estimular a economia, é preciso apostar mais na indústria e em grandes empresas – e não apenas no turismo e nos serviços. Vários economistas tem alertado nesse sentido e agora quem o diz é Ricardo Alves, CEO da Riberalves, uma das maiores empresas mundiais de transformação de bacalhau, na entrevista “Sucesso.pt” que decorreu na maior fábrica de bacalhau do mundo, na Moita.

Nesta edição, recomendo as crónicas dos economistas Nuno Alvim e Catarina Nunes e também textos sobre o impacto da inteligência artificial no turismo ou a subida dos preços dos produtos alimentares, após o fim do IVA zero.

Para quem nos segue, relembro que o Amanha.pt está, desde abril, autónomo no Sapo, plataforma agregadora de conteúdos de media. Além dos programas televisivos e podcasts, esta marca editorial avançará em breve com conferências, dando resposta ao crescente feedback positivo do mercado sobre este projeto editorial diferenciador.

E recordo a missão do “Portugal Amanhã”: debater temas estruturais para o futuro do país com especialistas, destacar e analisar casos de sucesso e marcar a agenda cívica para 2043, quando Portugal celebrar 900 anos da sua criação pelo tratado de Zamora.

luis.ferreira.lopes@newsplex.pt