Como gostariam que o país estivesse daqui a 20 anos?
– JGS (filho) – Sou um bocadinho ingénuo e zero político, mas já tentámos fazer coisas bonitas nos hospitais públicos e ajudar ao nível laboratorial. Portanto, percebo a dificuldade que é conseguir olhar para o país como um todo. Olhando para o país, a aposta é nos centros de excelência, onde os privados estão na linha da frente. Esta medicina de tapar buracos… Claro que temos medicina de excelência em mil áreas, mas ainda não está a chegar a todos os portugueses.
Se Portugal não estiver já a trabalhar hoje para construir um modelo que pode ser referência para o mundo… Somos um país fantástico para ser referência mundial na prevenção, na predição de doença e na medicina de precisão. Há áreas em que o orçamento vai diminuir muito e outras vai aumentar, mas vamos conseguir dar uma melhor saúde aos portugueses. E aí vai refletir-se na esperança média de vida dos portugueses. É olhar já para as pessoas nesta perspetiva, aumentando a esperança média de vida e com qualidade de vida.
– GS (pai) – Em 2043, gostaria imenso de estar lá para ver como é que seria. Hoje, é possível prolongar a vida do homem. Com as descobertas de vários investigadores, estou convencido de que, em 2043, as pessoas vão chegar aos 100 anos com boa qualidade. Não são 100 anos paralíticos, numa cadeira de rodas, mas 100 anos com a pessoa a mexer-se.
– JGS (filho) – Alguém que tenha 80, como o meu pai, hoje já é a quarta idade. A longevidade começa nos muitos novos, nas crianças, nos jovens. As crianças que nascem hoje, em média, vão chegar acima dos 100 anos…
– GS (pai) – Por isso é que temos de estar preparados para este futuro.
– JGS (filho) – E o país tem de pensar isto. Tem de haver grupos de trabalho, gente desinteressada da política, que pense a sério sobre isto: onde é que nós vamos estar daqui a 20 anos.
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