Voto eletrónico, ameaça ou oportunidade?

A um mês das eleições, usar o digital para votar é ainda uma promessa, mas há receios de segurança

Quem teme a introdução do voto eletrónico e de fórmulas novas que incentivem uma maior participação dos cidadãos nos actos eleitorais? Poder votar à distância, a partir de casa ou do escritório, encerra perigos de manipulação e de fiabilidade do sistema? Mas, se pagamos impostos ou movimentamos a conta bancária a partir do portátil ou através do sistema multibanco, qual o problema de exercer o direito e dever constitucional de votar por via electrónica, em qualquer local, na era das tecnologias de informação e do avanço da inteligência artificial?
Quando tanto se fala de modernização administrativa, com boas práticas de utilização remota de serviços públicos, com segurança e atribuição de códigos, qual o real impedimento do Estado português para avançar com esta solução útil e eficaz que vários especialistas consideram inevitável?
Muitos políticos afirmam recear o aumento da abstenção, mas o que fazem, na verdade, para combatê-la? Como já aqui analisámos noutra reflexão sobre alterações no sistema político e eleitoral, a quem interessa que nada mude? Como é possível continuar a votar unicamente num só dia ou no local de residência, se o cidadão estiver momentaneamente deslocado noutro ponto do país, da Europa ou do mundo?
E, para quem quer evitar as filas também no dia das eleições, qual é o problema técnico ou de segurança para votar através de um computador fiável, fixo, portátil ou até do telemóvel? As respostas a estas perguntas são dadas pelos professores José Tribolet (IST) e Miguel Poiares Maduro (Univ. Católica), com argumentos sólidos de quem é a favor e de que levanta dúvidas pertinentes, num debate que é possível ver em Amanha.pt e na Euronews ou ouvir em podcast.
E como o mundo é composto de mudança, as respostas do presidente-executivo da Renova aos desafios de melhoria contínua, inovação criativa e expansão internacional são uma lição de liderança inteligente, visão de mundo e aberta às ideias e perguntas da sua equipa e do mercado. Pode ver a entrevista “Sucesso.pt” a Paulo Pereira da Silva no site e Euronews e, claro, vale a pena ler nestas páginas.
Novas rotas marítimas e efeitos no comércio mundial é a reflexão de Jorge Costa Oliveira (na continuação de anterior crónica que pode ler no site), enquanto Ricardo Marvão convida-nos a ouvir mais os jovens, numa crónica escrita por quem tem experiência na matéria. Por fim, mas não menos importante, apelo à leitura atenta da crónica de Margarida Mano na “Causa Pública” sobre os dados mais recentes sobre corrupção, transparência e ética – e Portugal não fica bem na fotografia. Nada mesmo.
Pode ouvir também estes especialistas em conversa no podcast “Pensar Amanhã” porque este projeto multimedia está ao serviço de quem ousa pensar o país além de uma legislatura ou até a 20 anos.