Há cada vez mais uma maior consciência dos impactos das atividades empresariais no seio das próprias empresas, na sociedade e no ambiente. A rentabilidade do negócio continua a ser o foco para a manutenção dos investimentos e operação, mas dentro do respeito pelas leis, pelos direitos dos trabalhadores e pela natureza, ao mesmo tempo que se promove a inclusão e a equidade e que se fortalece o sistema institucional.
Por seu lado, a comunidade local onde as empresas estão inseridas espera que elas sejam agentes sociais e respondam com responsabilidade às necessidades da região, estimulando não só emprego como uma melhor qualidade de vida no geral.
Entretanto, o conceito de responsabilidade social corporativa (RSC) tem vindo a evoluir ao longo do tempo, tornando-se mais holístico ao acompanhar as mudanças sociais, económicas e ambientais, sendo estas três vertentes os seus pilares.
Passaram pouco mais de duas décadas sobre a publicação, pela mão da então Comissão das Comunidades Europeias, do “Livro Verde — Promover um quadro europeu para a responsabilidade social das empresas”, o qual lançava um debate mais profundo sobre esta temática, além de exortar as organizações, de qualquer dimensão, a explorarem ao máximo as experiências existentes na época, incentivando o desenvolvimento de práticas inovadoras e de uma abordagem baseada em parcerias mais estreitas, de modo a que todas as partes interessadas desempenhem um papel ativo. Atualmente, a RSC é considerada um elemento essencial para o sucesso empresarial no longo prazo, com reconhecidas vantagens.
Um exemplo a seguir
A Trivalor, responsável pelo bem-estar de milhões de consumidores através das suas 10 participadas a operar em quatro áreas de negócio, é uma organização que inclui na sua atuação a responsabilidade social corporativa. A RSC encontra-se incorporada na estratégia, na cultura, nos atos de gestão e nas atividades desenvolvidas pelas suas várias empresas, incluindo na relação com clientes, consumidores, colaboradores, fornecedores, acionistas e outros. O propósito é contribuir positivamente para o desenvolvimento social, económico e ambiental da sociedade portuguesa.
O Plano Trivalor para a Sustentabilidade, enquadrado nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas, visa uma sociedade mais justa e com mais conforto, respeito e dignidade. Inclui um conjunto de ações estruturadas que incidem em diferentes temas, como o progresso económico, o desenvolvimento individual, o equilíbrio social e a inclusão, a defesa do ambiente e a contribuição para a prevenção da degradação devida às alterações climáticas. Entre os vários parceiros junto dos quais a Trivalor desenvolve atividades encontram-se instituições como o Banco Alimentar e a Refood, com doação de refeições e alimentos para ajudar a combater a fome e o desperdício; a SEMEAR, ajudando na integração de alunos em estágio curricular com o objetivo de contribuir para a sua inclusão no mercado de trabalho; e o movimento GivingTuesday, apoiando diretamente na prossecução das suas campanhas anuais e, simultaneamente, algumas causas concretas.
De destacar, também, a Ronda Solidária Trivalor, que já conta com oito edições e é organizada em parceria com a Legião da Boa Vontade. Esta ação garante, com a participação de voluntários das várias empresas do Grupo, o fornecimento a cidadãos desfavorecidos, a viver nas ruas das cidades de Lisboa e do Porto, refeições quentes produzidas pela Gertal e pelo ITAU e kits de alimentos fornecidos pela Sogenave. Este voluntariado, sublinha Carolina Sousa, gestora de Sustentabilidade e Responsabilidade Social Corporativa, “só é possível pelo envolvimento das nossas participadas e dos nossos colaboradores que despendem do seu tempo, trabalho e competências. Por outro lado, encaramos estas sessões de voluntariado sempre numa perspetiva de continuidade. Queremos acrescentar algo de positivo, tanto para o beneficiário como para quem do nosso lado participa ativamente”.
Outro parceiro é o GRACE – Empresas Responsáveis, em que a Trivalor faz parte dos seus órgãos sociais e participa em diferentes Clusters, com diferentes missões, sendo ainda membro efetivo da Smart Waste Portugal, que visa potenciar o resíduo como um recurso ao longo de toda a cadeia de valor, promovendo a investigação, o desenvolvimento e a inovação. A empresa integra o Grupo de Trabalho para o Tratamento Colaborativo do Desperdício, Perdas e dos Resíduos Alimentares. Faz igualmente parte do portfólio de parceiros o movimento Unidos Contra o Desperdício, que pretende unir os vários intervenientes da sociedade num combate ativo e positivo ao desperdício alimentar, e o Pacto Contra a Violência, contribuindo com ações de sensibilização contra este flagelo.
As participadas ITAU e Gertal foram ainda mais além nesta missão. A primeira desenvolveu e implementou um Sistema de Gestão da Responsabilidade Social que permite, de forma voluntária, adotar posturas, comportamentos e ações que promovem o bem-estar dos públicos interno e externo, enquanto a segunda vê a sua atividade certificada em RSC além de estar alinhada com os ODS.
Números que fazem a diferença
No mais recente Relatório de Sustentabilidade e Responsabilidade Social Corporativa, a Trivalor assinala que no ano de 2021 doou mais de 120 toneladas de bens alimentares e refeições de modo a combater o desperdício alimentar. Além disso, reciclou mais de 186 toneladas de papel e cartão e encaminhou para valorização mais de 115 toneladas de óleos alimentares. Em 2021, foi criado o Dia Trivalor para a Biodiversidade e foram investidos mais de 2,5 milhões de euros em fardamentos e equipamentos de proteção individual para melhorar a saúde e a segurança no trabalho dos seus mais de 22.000 colaboradores.
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