Quando o zero, multiplicado, é mais

Quando multiplicamos a sustentabilidade por zero, o resultado pode ser exponencial

A matemática é uma linguagem universal que nos permite comunicar e resolver problemas globais. Em princípio, quando falamos de números e de operações matemáticas, estamos a comunicar através de um código comum. Um exemplo básico dessa linguagem universal: se eu escolher o número 10 (sou argentino e por isso escolho o número da camisola do Messi) e o leitor, que é português, escolher o número da camisola do Ronaldo (número 7) e multiplicarmos, cada um, o número que escolhemos, por zero, o resultado será zero. Se trocarmos a ordem dos fatores, e multiplicarmos zero por cada um dos números que escolhemos, o resultado continuará a ser igual a zero.

O zero é o elemento nulo da multiplicação e, em qualquer lugar do mundo, não há lost in translation: qualquer número vezes zero é zero. Mas isso não significa que o zero – que não tem valor intrínseco – não tenha outro tipo de valor. Quando multiplicamos a sustentabilidade por zero, o resultado pode ser exponencial.

Na Philip Morris International, da qual a Tabaqueira é a afiliada portuguesa, estamos a trabalhar para chegar a zero – ainda que esse caminho seja longo, feito de muitas etapas e esteja longe da meta final. Surpreendido? Na visão que temos para o nosso negócio, queremos alcançar o “Zero” em termos de impactos sociais e ambientais dos nossos produtos e operações.

A concretização dessa visão, que é absolutamente disruptiva se pensarmos naquele que é o legado que uma empresa da indústria de tabaco, passa, antes de mais, por alterarmos todos os pressupostos do nosso negócio e abordarmos, desde logo, o impacto do consumo de cigarros na saúde pública. Rumo ao zero. Zero cigarros: estamos altamente empenhados e trabalhamos todos os dias no desenvolvimento de melhores alternativas, sem combustão, fundamentadas cientificamente e que são menos nocivas face aos cigarros, com o propósito de os substituir o mais rapidamente possível. Embora não sendo isentas de risco, estas alternativas são a melhor opção ao consumo contínuo de cigarros e, todos os dias, trabalhamos para dar cumprimento a essa visão: um futuro com fumo zero, sem cigarros.

Chegaremos a estes zeros amanhã? Sabemos que levará muito mais tempo. Temos essa consciência, mas esse não deixa de ser o nosso grande objetivo. Até porque já sabemos, na PMI, que é possível chegar ao zero impacto e ganhar valor.

Como? Por exemplo, quando estamos a falar na redução do impacto ambiental da nossa atividade – mais concretamente, do zero em emissões de gases com efeitos de estufa (GEE). A neutralidade carbónica.

Esse é um Zero a que chegámos mais rapidamente, até porque a descarbonização é um imperativo global que a todos convoca. Reduzir emissões e contribuir para um futuro sustentável é um objetivo que mobiliza Governos, empresas e sociedade civil. O futuro do nosso planeta depende da nossa ação, conjunta, concertada e empenhada.

A Philip Morris International (PMI), de que a Tabaqueira é a subsidiária em Portugal, posicionou-se, pelo segundo ano consecutivo, no TOP 10 NET Zero 2024 da Forbes, que destaca as empresas americanas cotadas em bolsa que estão na liderança da transição para uma economia de baixo carbono. A própria Tabaqueira, em Portugal, fruto de investimentos constantes e continuados na melhoria da eficiência operacional e produtiva, já reduziu em 75% a sua pegada carbónica.

As palavras que o Presidente Executivo da PMI proferiu por ocasião desta distinção enchem-me de orgulho e são uma motivação poderosa não apenas para todos os milhares de colaboradores do grupo a nível global, mas também para as mais de 1500 pessoas que diariamente, na Tabaqueira, contribuem para a construção de um mundo melhor. As palavras de Jacek Olczak foram as seguintes: “À medida que transformamos o propósito da nossa empresa, rumo a um futuro sem fumo, esforçamo-nos por fazê-lo da forma mais sustentável possível, posicionando a empresa na liderança da descarbonização”.

A PMI é, verdadeiramente, uma companhia global em transformação, que revolucionou o seu negócio e tem vindo a materializar um horizonte de produtos de tabaco sem fumo e sem combustão, e que hoje está na vanguarda da inovação e da investigação científica ao serviço da sustentabilidade. É esta ação orientada para a mudança que deve entusiasmar todas as empresas – independentemente da sua dimensão – a darem o seu contributo para as emissões zero. Precisamos de mais zeros, e que os zeros se multipliquem.

Na Tabaqueira estamos a percorrer essa jornada de influência e queremos que a mesma tenha um efeito de arrastamento positivo ao longo de toda a nossa cadeia de valor. Os nossos parceiros e fornecedores, que são elos dessa cadeia, estão também, connosco, a mobilizarem-se para a sustentabilidade, progressivamente encostando a zero o ponteiro das emissões carbónicas.

Sabemos que não estamos sozinhos nesta jornada e que, em Portugal, existem excelentes empresas – multinacionais, mas também de origem portuguesa – que também olham para a sustentabilidade na perspetiva da oportunidade e do investimento, e não através das lentes da ameaça ou do custo. É a ciência que nos está a apontar o caminho e que nos diz que até 2040, um grupo de dimensão mundial como a PMI, deverá ser totalmente neutro em carbono, do princípio até ao fim de toda a sua cadeia de valor.

A PMI tem acumulado reconhecimentos internacionais de prestígio nesta sua jornada rumo à descarbonização. Está incluída no Quadro de Líderes de Engagement de Fornecedores do CDP – Carbon Disclosure Project pelo sétimo ano, obteve a classificação Triple A do CDP – Carbon Disclosure Project pelo quarto ano consecutivo, colocando a PMI entre as empresas líderes mundiais em transparência e ação ambiental e integrou o Dow Jones Sustainability World Index (DJSI) pela primeira vez este ano e no Dow Jones Sustainability North America Composite Index pelo quarto ano consecutivo, além de receber o status “Prime” no ISS ESG Corporate Rating e mais algumas distinções que poderia enumerar.

Neste campeonato da descarbonização, as contas que interessa fazer são aquelas que nos levam, consistente e irreversivelmente, para o zero. Quanto mais agentes económicos caminharem nesse sentido, quantas mais empresas seguirem este percurso, melhores resultados teremos.

Sem esquecer, pelo caminho, o Zero mais valioso desta nossa jornada de transformação: o fim da comercialização de cigarros. É na multiplicação de zeros – de muitos zeros – que conseguiremos ver um horizonte de futuro sustentável para o nosso planeta. Porque muitos zeros somados, o resultado pode ser extraordinário: um futuro sem fumo e mais sustentável para todos.

Desafiemos, pois, as convenções matemáticas: o zero tem valor acrescentado, tem valor económico, empresarial, social, tem valor humano!

O zero é transformador. Vamos todos trabalhar para zero?

Diretor-geral da Tabaqueira