Há espaços de trabalho gratuitos em 14 países para apoiar PME nacionais

Associação BRP abre candidaturas para mais de 40 espaços de trabalho gratuitos para PME nacionais. “Escassez de recursos acaba por levar muitos bons projetos a fracassar”, afirma António Rios de Amorim, vice-presidente da BRP.

O desafio da internacionalização nem sempre é fácil quando falamos de pequenas e médias empresas portugueses. Entre os custos de entrada num mercado externo estão os valores para as instalações de locais de trabalho.
Foi com o objetivo de “simplificar e promover a internacionalização das pequenas e médias empresas nacionais (PME)” que a Associação Business Roundtable Portugal criou uma rede de mais de 40 espaços de trabalho gratuitos, distribuídos por 14 países, em três continentes – África, América (do Sul e do Norte) e Europa.

Numa primeira fase, os espaços de trabalho serão disponibilizados pela Corticeira Amorim, BA Glass, Bial, Delta, Logoplaste, Nors, Sogrape, Sovena e Sugal Group, empresas associadas da BRP e com presença em várias cidades por todo o mundo.

“Além de tirarem partido das instalações disponíveis (até dois postos de trabalho por empresa candidata), as PME podem ainda beneficiar do acesso às equipas locais dos associados do BRP, acelerando a aquisição de conhecimento “no terreno” das especificidades de cada mercado, e a avaliação de riscos e oportunidades”; pode ler-se no comunicado.

As candidaturas podem ser feitas através da plataforma do projeto GLOBALIZAR.

As PME interessadas podem selecionar o país e/ou a cidade para onde planeiam internacionalizar o seu negócio. São 14 os países disponíveis: Alemanha, Angola, Brasil, Bulgária, Canadá, Chile, Espanha, Estados Unidos da América, França, Itália, Luxemburgo, Reino Unido, Roménia ou Suíça.
Depois de verificarem os espaços de trabalho disponíveis na geografia selecionada, que incluem as condições de utilização, as PME devem selecionar a empresa anfitriã.

O tempo de permanência para explorar o mercado, dinamizar as exportações ou iniciar a instalação local pode variar de um a seis meses, conforme o local.

A utilização dos espaços é gratuita, existindo um fee de gestão da candidatura de 750 euros (+IVA), caso esta seja aceite.

“O crescimento empresarial não sobrevive sem a internacionalização. No entanto, sabemos que as PME, especialmente aquelas que estão a iniciar este processo, enfrentam uma série de obstáculos, como a escassez de recursos ou a complexidade regulatória e cultural, que acabam por levar muitos bons projetos a fracassar”, salienta António Rios de Amorim, vice-presidente da Associação BRP e Presidente e CEO da Corticeira Amorim.

“O GLOBALIZAR vem ajudar as PME a superarem essas barreiras, tornando esse processo mais simples e eficaz. Ao tirar partido da posição internacional que as empresas do BRP detêm, que se consubstancia num capital de conhecimento e experiência único, as PME podem tornar a entrada no mercado mais célere e sustentada. Acreditamos que este apoio fará uma diferença no sucesso destas empresas e no seu caminho para se tornarem nas empresas grandes e globais que Portugal precisa – empresas mais produtivas, criam maior riqueza, pagam melhores salários e investem mais”, conclui.

A gestão do programa estará a cargo do LACS e a divulgação do projeto junto das PME nacionais será feita em colaboração com a AICEP:

Filipe de Botton, Presidente da Logoplaste e líder do grupo de trabalho Globalização da Associação BRP, refere que “o GLOBALIZAR é a oportunidade que as nossas empresas gostariam de ter tido quando estavam a dar os primeiros passos nos mercados internacionais”.