Quem paga a nova ponte do Tejo, em Lisboa?

Nova ponte do Tejo será construída, em Lisboa, com ou sem aeroporto na margem sul. Lusoponte paga?

Quando sairá do papel e quando será construída uma nova ponte sobre o Tejo, em Lisboa? E quem vai pagar? Será uma travessia rodo-ferroviária ou apenas para comboios, entre Chelas e Barreiro (como está previsto, pelo menos, desde início dos anos 90 do século passado)?
E faz sentido pensar também na construção de uma ponte rodoviária entre Algés e a Trafaria (prevista há cerca de duas décadas), paga pela actual concessionária das pontes 25 de Abril e Vasco da Gama?
Construir uma ou duas pontes novas é um cenário que se coloca, independentemente da localização do novo aeroporto de Lisboa, em Alcochete ou Vendas Novas (como indica a CTI – comissão técnica independente)? E se o aeroporto não ficar na margem sul e for feito em Santarém, já não seria necessário construir uma nova ponte sobre o Tejo, em Lisboa?
E se a ponte 25 de abril tiver de encerrar para manutenção, que solução haverá para gerir o trânsito automóvel de 800 mil pessoas por dia? Não dá para canalizar tudo para a ponte Vasco da Gama, que já está no limite nas horas de ponta, e nem os barcos têm capacidade para transportar tantas pessoas.
Estas questões colocam-se porque a concessão da Lusoponte (detida maioritariamente pela Vinci que, por sua vez, é a concessiária da ANA, ou seja, dos aeroportos portugueses) deverá terminar em 2030 (ou até em 2027) e quem gere as portagens das pontes Vasco da Gama e 25 de abril pode ter de pagar uma ponte rodoviária nova, se o novo governo assim decidir.
Esse é um dos temas do debate sobre a terceira travessia, o TGV, o novo aeroporto e uma outra visão para Lisboa (com duas margens), entre o fiscalista Carlos Lobo e o engenheiro Carlos Brazão, para ver também no site e na Euronews ou ouvir no podcast “Sim ou Não”.
Se os políticos não têm discutido projetos estruturais para o desenvolvimento do país nos debates eleitorais das legislativas, essa reflexão é feita pelo “Portugal Amanhã”, projeto editorial que pensa o país a 20 anos. Na rubrica “Sucesso.pt”, o CEO da Visabeira (grupo que deverá faturar 2 mil milhões de euros, no fecho de 2023) ambiciona um país com mais indústria e maior crescimento. E que, em 2043, “deixasse de ter pena de si próprio, deixasse de falar que somos pequenos e aproveitasse as suas verdadeiras forças”.
Nuno Terras Marques gostaria de “ver Portugal mais preocupado com a sua essência e menos com a sua aparência”, numa entrevista exclusiva sobre a dimensão internacional, tecnológica e industrial do grupo proprietário da marca Vista Alegre que celebra agora 200 anos.
Os temas do investimento público e da formação no turismo são analisados por António Ramalho e Carina Oliveira (ouvir em podcast), nesta edição. E Irina Golovanova é desafiada a analisar a linguagem não-verbal dos políticos nos debates televisivos. Quem mente quando promete um futuro risonho?