Lisboa está cada vez mais limpa e a sua participação conta

Uma cidade cuidada não é apenas uma questão de investimento; é um compromisso diário de todos os que nela vivem, trabalham ou visitam. Da próxima vez que estiver na rua, pense duas vezes antes de deitar algo ao chão. Afinal, Lisboa limpa conta consigo.

A cidade de Lisboa está a mudar. As ruas estão mais limpas, há mais equipamentos de recolha de resíduos e mais trabalhadores dedicados à higiene urbana. Mas há uma certeza que não muda: para termos uma capital verdadeiramente cuidada, é preciso o esforço de todos. Não há fórmulas mágicas nem soluções instantâneas. O trabalho de manter a cidade limpa é contínuo, exigente e requer o empenho de cada cidadão. É um compromisso diário, que se traduz em ações concretas, grandes ou pequenas, mas sempre necessárias.

Nos últimos três anos, a Câmara Municipal de Lisboa tem vindo a reforçar, mais do que nunca, os meios disponíveis para a higiene urbana. Foram contratados 475 trabalhadores para as funções de cantoneiro e motorista. A frota também cresceu: 79 novas viaturas estão agora ao serviço da cidade. O impacto é evidente: só em 2024, Lisboa recolheu mais 8 mil toneladas de lixo do que em 2023. E, para 2025, o investimento na higiene urbana vai aumentar 65% face ao ano anterior, num total de 38 milhões de euros.

Adicionalmente, destaca o presidente da edilidade, Carlos Moedas, “foram criadas mais três unidades de higiene urbana e 21 novos circuitos de recolha de resíduos, além de termos aprovado o subsídio de penosidade e insalubridade para os trabalhadores desta área operacional”.

São números que fazem a diferença, mas, mais do que algarismos, representam rostos e mãos que trabalham todos os dias para garantir que Lisboa seja uma cidade mais ordenada e valorizada, uma tarefa árdua e muitas vezes invisível, que acontece a qualquer hora do dia ou da noite.

O papel da inovação

No entanto, esta transformação não se desenha apenas com números. Faz-se também com tecnologia, inovação e adaptação às novas exigências da cidade. Bairros históricos como Alfama e Castelo até têm poucos habitantes mas uma densidade grande de visitantes e ocupantes diários. Os resíduos aumentaram e a resposta tem de ser rápida e eficiente.

Atualmente, Lisboa conta com sensores de enchimento nas papeleiras inteligentes, com sistemas de monitorização em tempo real e com circuitos de recolha ajustáveis consoante as necessidades, entre outros avanços. A inovação chegou para ajudar e o seu impacto já se faz sentir.

“A inovação tecnológica é fundamental nos tempos modernos e contribui para a melhoria da eficiência, a redução de custos e a personificação daquilo que é a experiência com o nosso munícipe, com o nosso cliente. Pode ser um estrangeiro, pode ser quem trabalha ou vive na cidade. Acima de tudo, também para a competitividade neste mercado aberto”, sublinha Nuno Vinagre, diretor do Departamento de Higiene Urbana da Câmara Municipal de Lisboa.

Cada cidadão faz a diferença

Apesar de todo este progresso, a verdade é que nenhuma tecnologia pode substituir o sentido de responsabilidade de cada um de nós.

A cidade está equipada com mais meios e melhores recursos, mas continua a precisar do envolvimento ativo de todos os cidadãos. Afinal, as ruas não se sujam sozinhas. Pequenos gestos fazem toda a diferença: colocar o lixo no contentor certo, respeitar os horários de recolha, evitar deixar resíduos volumosos na via pública sem agendamento. Parece pouco, mas se se multiplicar por centenas de milhares de pessoas todos os dias o impacto será enorme. Lisboa precisa de cidadãos atentos e participativos porque, no final do dia, a cidade é de todos e o seu estado reflete a forma como a tratamos.

A Estratégia de Gestão de Resíduos 2030 da Câmara Municipal de Lisboa aponta para um futuro sustentável, onde a reciclagem e a reutilização são prioridade. Para se lá chegar, é necessário reduzir o desperdício, impulsionar a higiene e limpeza urbana, aumentar a recolha seletiva e implementar soluções eficientes, como os novos ecocentros móveis de grandes dimensões e para recolha de resíduos perigosos, de pilhas, de óleos usados e de equipamentos eletrónicos. E

não podemos esquecer um dos grandes desafios do futuro: a produção excessiva de resíduos. Vivemos numa era em que tudo é descartável, onde se compra e se deita fora com grande facilidade. Se não mudarmos este comportamento, estaremos sempre a comprometer o bem-estar das próximas gerações.

Lisboa já deu passos importantes, no entanto, ainda há um longo caminho a percorrer. Exige esforço coletivo, onde cada um pode fazer a sua parte. Governos, empresas, cidadãos – todos têm um papel a desempenhar. Há que investir na educação ambiental, sensibilizar desde cedo para a importância de reduzir, reutilizar e reciclar. Só assim conseguiremos uma cidade verdadeiramente sustentável.

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