‘Reinventar o plástico’ por um futuro mais sustentável

A crescente consciencialização sobre o impacto ambiental dos plásticos e a obrigatoriedade de cumprir metas europeias estão a impulsionar iniciativas em Portugal para reduzir a sua utilização e promover a economia circular. Na Trivalor, destaca-se a procura constante por soluções inovadoras e a sensibilização da sociedade para um uso mais responsável.

O plástico é uma das grandes invenções do século XX e há muito que faz parte do nosso dia a dia. Versátil, leve, durável, barato e eficiente nas suas mais diversas aplicações industriais e domésticas, o seu uso generalizou-se nos quatro cantos do planeta. No entanto, apesar das suas inegáveis vantagens, veio a revelar-se um desafio ambiental global devido à sua demorada degradação na natureza, estimada em cerca de 500 anos, e utilização massiva e inadequada, que provocou acumulação nos oceanos e consequente impacto nos ecossistemas e seres vivos.

De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), mais de 14 milhões de toneladas de plástico entram nos ecossistemas aquáticos anualmente. Paralelamente, até 2060, as emissões de gases com efeito de estufa decorrentes do ciclo de vida dos plásticos poderão mais do que duplicar e atingir os 4,3 mil milhões de toneladas.

O Relatório Anual de Resíduos Urbanos (RARU) de 2023 da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), publicado em outubro, revela que o ano passado produzimos 5,3 milhões de toneladas de resíduos urbanos, o equivalente a 505 quilos por habitante/ano (menos do que a média europeia que se encontra nos 513 quilos). O plástico representa 11% do total de resíduos urbanos, com cerca de 23% a serem reciclados, enquanto 77% são recolhidos de forma indiferenciada. Ou seja, das 523.892 toneladas geradas, 119.005 foram recolhidas seletivamente, enquanto 404.887 toneladas acabaram no lixo indiferenciado, sobretudo em aterros.

Apesar dos avanços na recolha seletiva de todos os resíduos urbanos, os números globais da retoma nacional, atualmente nos 55,3% segundo dados da Sociedade Ponto Verde, evidenciam oportunidades para melhorar para cumprir as metas europeias da reciclagem, já que, em 2025, o país é obrigado a reciclar, pelo menos, 65% de todas as embalagens que são colocadas no mercado.

Missão: reconfigurar o futuro do plástico

Combater esta realidade exige uma abordagem multifacetada, desde a redução do consumo, sobretudo do plástico de uso único, ao investimento em alternativas e no desenvolvimento e utilização de materiais biodegradáveis, compostáveis ou recicláveis, passando por apostar na economia circular, reforçando os sistemas de reciclagem e incentivando o reaproveitamento de resíduos plásticos na produção de novos bens, sem esquecer outras iniciativas, entre elas a educação e a sensibilização para mobilizar a sociedade para a adoção de hábitos de consumo mais conscientes e responsáveis, a legislação e as políticas públicas e privadas.

O Pacto Português para os Plásticos é uma dessas iniciativas colaborativas que reúne diferentes atores da cadeia de valor nacional do plástico, como Governo, produtores, retalhistas, entidades de reciclagem, universidades, organizações não governamentais, associações, entre outras empresas e instituições, sendo coordenada pela Associação Smart Waste Portugal, uma organização criada 2015 para potenciar a Economia Circular, que a Trivalor integra como membro efetivo.

Para se aproximarem desta missão de “reinventar o plástico”, as mais de 100 entidades que atualmente pertencem a este Pacto assumiram quatro metas ambiciosas a atingir até 2025: eliminar os plásticos de uso único considerados problemáticos e/ou desnecessários; garantir que 100 % das embalagens de plástico são reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis e que 70% ou mais das embalagens plásticas são efetivamente recicladas, aumentando a recolha e a reciclagem; incorporar, em média, 30 % de plástico reciclado nas novas embalagens de plástico; e promover atividades de sensibilização e educação junto dos consumidores (atuais e futuros) para a utilização circular dos plásticos.

A responsabilidade ambiental da Trivalor

O contributo para este compromisso ambiental é transversal a toda a Trivalor, que desde a sua génese teve sempre presente preocupações ambientais. Através das suas empresas participadas — de que são exemplo a Gertal, o ITAU e a marca PONTO. (restauração), a Sinal Mais (gestão integrada de serviços), a Strong Charon (segurança humana e eletrónica), a Iberlim (limpeza) e a Sogenave (logística e distribuição) —, e no âmbito da responsabilidade ambiental definida pela sua missão e valores, tem vindo a implementar um conjunto de boas práticas que visam proceder à substituição dos plásticos de uso único por plásticos mais sustentáveis, sejam biodegradáveis ou compostáveis, e que contenham na sua composição plástico reciclado e sejam recicláveis; à redução do resíduo de embalagens associado ao fornecimento de bebidas, proporcionando alternativas de fornecimento de bebidas sem embalagem associada, nomeadamente água e outras bebidas não alcoólicas, utilizando e instalando fontes de água nos locais e de equipamentos dispensadores de refrigerantes; e à promoção, através da colocação de ecopontos na suas instalações, a separação de resíduos (vidro, plástico, papel e indiferenciados) de forma a incentivar a reciclagem entre os seus próprios colaboradores.

Algumas dessas boas práticas incluem, entre outras, a substituição das embalagens de take-away da marca PONTO. por outros de material compostável, resultando em 306. 145 unidades de artigos compostáveis utilizadas no fornecimento de 2,2 toneladas de refeições; a redução ou mesmo eliminação de talheres, pratos, palhinhas e agitadores de bebidas plásticos nas empresas da área de serviços de restauração coletiva; a alteração dos filmes de paletização e a utilização de caixas de transporte reutilizáveis que permitem a circularidade, na Sogenave, com o objetivo de reduzir as quantidades de cartão e plásticos gerados na receção de produtos a granel, bem como garantir a estabilidade da palete e o transporte da mercadoria em segurança; a redução de embalagens de produtos de limpeza e sacos do lixo e uso de produtos mais ecológicos na Iberlim; e a reutilização de equipamentos tecnológicos para outros fins para prolongar a sua vida útil na Strong Charon. No serviço de take away, é privilegiado o uso de embalagens de vidro em vez do plástico e nas máquinas de vending sem copo da Serdial é promovida a opção refill.

Consciente de que a sustentabilidade é um esforço conjunto e de que é necessário o envolvimento de todos, a Trivalor conta com a colaboração dos seus clientes, parceiros e fornecedores, além de apostar na educação e sensibilização de colaboradores e consumidores para a utilização circular dos plásticos.

Os números de 2023

O ano passado, o esforço para a redução do plástico na Trivalor resultou em:

43,7 t

de embalagens plásticas enviadas para reciclagem nas plataformas logísticas.

30%

de integração de rPET nas garrafas de água Spring

84,8 %

é o número total de embalagens que “encaixam” no sistema de reciclagem.

-51,3 %

face a 2022 de volume total de novas embalagens de plástico colocadas no mercado

Até ao final de 2025, a Trivalor pretende alcançar 100% das embalagens com características reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis, e até 2030 o objetivo é chegar a 70% de taxa de valorização dos resíduos produzidos, por via de projetos para valorização e reutilização.

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