Quatro em cada cinco colaboradores estão preocupados com a possibilidade de um burnout

A deterioração da saúde mental está entre os principais riscos dos colaboradores que as organizações enfrentam a nível europeu, conclui estudo da Mercer.

Quatro em cada cinco (82%) colaboradores afirmam estar preocupados com a possibilidade de um burnout, revela um estudo da Mercer, do grupo Marsh McLennan.

Esta quinta-feira assinala-se o Dia Mundial da Saúde Mental e os dados divulgados concluem que “a deterioração da saúde mental está entre os principais riscos dos colaboradores que as organizações enfrentam a nível europeu”. A crescente prevalência de desafios de saúde mental leva a riscos de ausências de longo prazo, presenteísmo, inflação dos custos de saúde e impactos na continuidade dos negócios

Apesar disso, 51% das empresas com crescimento da receita na ordem dos 10% ou mais em 2023 afirmam estar já a trabalhar para mitigar este risco, em comparação com apenas 39% dos seus pares com menor crescimento.

Entre as razão que levam ao risco de burnout, um em cada cinco colaboradores atribui essa condição a um desalinhamento entre os seus próprios valores e os valores do seu empregador. Os colaboradores procuram cada vez mais que suas organizações priorizem questões sociais, diversidade/equidade e impacto ambiental.

De acordo com o estudo da consultora, “a crise do custo de vida e a inflação persistente colocam as preocupações financeiras como o principal fator de risco de burnout este ano. A sobrecarga por muitas ferramentas tecnológicas e o ritmo ineficaz da transformação digital são outros fatores relevantes propiciadores de burnout“.

Na Europa a deterioração da saúde mental é apontada como o segundo risco mais grave que as suas organizações enfrentam, que se segue à liderança ineficaz. No entanto, os inquiridos classificam a deterioração da saúde mental na 20.º posição entre os 25 mais prováveis de ocorrer – apesar de o acesso aos serviços de saúde ter piorado desde a pandemia.

Quando questionados sobre o que esperam da sua empresa em relação à sustentabilidade, a principal prioridade dos colaboradores era oferecer benefícios mínimos de saúde e bem-estar a todos – mas apenas um terço das organizações atendeu esse pedido.

Por outro lado, 46% dos funcionários abririam mão de um aumento salarial por benefícios adicionais de bem-estar.