Fotogaleria. Jardim futurista no novo Centro de Arte Moderna da Gulbenkian

Exposições, performances, música, conversas, maratonas fotográficas, oficinas e outras iniciativas de entrada livre vão marcar a festa de abertura dia 21 e 22 de setembro.

Rua Marquês de Fronteira nº2. A entrada para o edifício do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian com o novo jardim já tem morada e data de abertura. É já amanhã, dia 21, que é inaugurado o novo espaço futurístico do CAM, projetado pelo arquiteto Kengo Kuma, em harmonia com o novo jardim desenhado pelo paisagista Vladimir Djurovic.

O edifício ganhou cerca de 900 m2 de novas áreas expositivas e uma programação de live arts, com nomes internacionais e nacionais que marcam a cena artística contemporânea.

Após a reabertura, todas as exposições terão entrada gratuita até ao dia 7 de outubro.

Mais luz, mais jardim e mais modernidade

Com uma cobertura de 3.274 telhas de cerâmica brancas inteiramente produzidas em Portugal e uma pala de 100 metros de comprimento, o Engawa é o elemento que mais se destaca no projeto. Inspirado no elemento da arquitetura tradicional japonesa, o Engawa estabelece “uma harmoniosa ligação entre o interior e o exterior”.

“O Engawa é a peça que distingue este edifício. Era importante que todos os materiais fossem portugueses. Foi uma prioridade no projeto”, explica L ourenço Rebelo de Andrade, arquiteto envolvido na obra. Além disso, funciona como um “ambiente de frescura, que permite reduzir a utilização de ar condicionado.”

À entrada do jardim “prevalecem as pedras e diferentes tipos de calcário no muro que convida a estar e a entrar”, refere a arquiteta paisagista Paula Corte-Real. “Podemos ainda encontrar um lago que funciona como espelho e que fortalece o efeito cinematográfico do Engawa”.

A água é um elemento presente em todo o jardim, que prima também pela sustentabilidade com “um sistema de aproveitamento de água da chuva que desemboca, uma vez percorrido todo um circuito novo, no lago grande do jardim.”

Exposições para ver a partir de dia 21

Leonor Antunes é a artista em destaque. Apresenta uma instalação escultórica intitulada “da desigualdade constante dos dias de leonor”, que ocupa todo o espaço da Nave.

A exposição “Linha de Maré” inaugura a nova Galeria da Coleção, um conjunto de obras que “questiona a relação do ser humano com o mundo natural, desde o final do século XIX até aos dias de hoje.”

O Espaço Engawa vai acolher “O Calígrafo Ocidental”, uma mostra que revela a relação do artista Fernando Lemos com o Japão.

Serão ainda apresentadas várias exposições enquadradas na Temporada de Arte Contemporânea Japonesa, iniciativa lançada no ano passado para celebrar os 40 anos do CAM.

No átrio do CAM, estará instalada uma sala de vídeo itinerante – a H BOX – concebida pelo artista luso-francês Didier Faustino, onde o público terá acesso a um conjunto de vídeos de artistas internacionais.