No debate Sim ou Não desta semana, Luís Cunha Miranda, presidente do Colégio da Especialidade de Reumatologia da Ordem dos Médicos, critica a “perda de rentabilidade” que resulta de Portugal ter “provavelmente um dos piores sistemas de prescrição públicos”.
“Existem sete ou oito muito melhores, muito mais rápidos. No final de um dia, o médico podia ver mais dois doentes se o sistema fosse bom; podia ver mais três doentes se o sistema onde escreve — já não me refiro ao sistema de prescrição — fosse bom. Isso é aquilo que não vemos”, afirma.
“Somos um país pequeno, com uma estrutura muitíssimo boa em termos tecnológicos — por que é que não temos o melhor sistema de prescrição do mundo? Porque é que não temos a melhor ficha clínica do mundo? Porque é que não temos as coisas integradas, com telemonitorização e outras funcionalidades, e continuamos a ter centenas de programas informáticos dispersos,cada hospital tem sete ou oito ou dez, com um ineficácia e ineficiência que se traduzem em custos extraordinários?”