A CIMPOR Global Holdings realizou esta sexta-feira, 19, a cerimónia oficial de abertura da sua nova fábrica nos Camarões.
A CIMPOR Global é uma produtora líder de cimento com presença significativa em Portugal, Países Baixos, Turquia, TRNC, Portugal, Roménia, Espanha, França, Inglaterra, Costa do Marfim, Camarões, Gana e Cabo Verde.
Neste investimento destaca-se a introdução de tecnologias de produção ecológicas de nova geração de ‘argila calcinada’, desenvolvidas pela equipa da CIMPOR em consonância com a estratégia de descarbonização da empresa.
A cerimónia oficial de inauguração da nova fábrica da CIMPOR em Kribi, nos Camarões, contou com a participação do Primeiro-Ministro dos Camarões, Joseph Dion Ngute, e de representantes do Conselho de Ministros.
A CIMPOR Global, que iniciou os seus investimentos em África em Abidjan, na Costa do Marfim, em 2020, destaca-se pela introdução da primeira fábrica integrada de cimento de argila calcinada do mundo, baseada em processos de produção inovadores e sustentáveis. Esta decisão permitiu à CIMPOR reduzir as emissões de CO2 por tonelada de cimento até 40% através do recurso a cimentos de argila calcinada produzidos com a sua tecnologia ‘deOHclay’.
Depois da Costa do Marfim, a CIMPOR Global decidiu investir nos Camarões e começou a trabalhar, em fevereiro de 2020, no investimento greenfield numa fábrica de cimento integrada com uma nova linha de produção de argila calcinada.
Com recurso aos seus conhecimentos industriais e capacidades de engenharia, construiu uma fábrica em Kribi, equipada com a primeira e única linha de produção de argila calcinada com calcinador flash do mundo atualmente em funcionamento, inaugurada a 29 de outubro de 2023.
A empresa, através do seu braço nos Camarões – CIMPOR Cameroun -, tem atualmente uma capacidade de produção anual de 1,2 milhões de toneladas de cimento e 400 mil toneladas de argila calcinada.
A CIMPOR tem previsto um investimento de 270 milhões de euros até 2030, onde se inclui o desenvolvimento de cimentos de baixo teor carbónico, a diminuição da pegada de CO2 das centrais, a produção de eletricidade através de painéis fotovoltaicos e a criação de um sistema inovador de produção que utiliza o hidrogénio como motor principal.
Destaca-se o investimento de 121 milhões de euros na fábrica de Alhandra, que comemora este ano os 130 anos, valor anunciado em maio deste ano, e que, através da modernização de infraestruturas como fornos e moinhos, ou da aposta na utilização de energias renováveis, permitirá agilizar processos e reduzir significativamente a pegada ambiental.
Em março de 2024, a TCC Group Holdings (TCC), um dos maiores produtores de cimento do mundo, adquiriu a totalidade das ações da CIMPOR e assumiu o seu lugar como o terceiro maior produtor de cimento a nível global.
O Presidente do Conselho de Administração da CIMPOR, Suat Çalbiyik, declarou que a empresa iria acelerar os seus investimentos com base numa boa utilização de recursos, energias renováveis, na descarbonização e na digitalização industrial, mas também nos domínios dos materiais de construção e no negócio da energia, nos quais a TCC também tem interesse. “Como um grupo de empresas que desenvolve as suas atividades em 3 continentes e 12 países, estamos muito satisfeitos por ter construído esta nova instalação com tecnologias amigas do ambiente nos Camarões e com o povo camaronês, onde abrimos novos caminhos à escala industrial”, afirma o Presidente.
No seguimento da sua estratégia em África, a CIMPOR prossegue a construção da sua terceira fábrica no Gana, equipada com tecnologias de produção de cimento mais ecológicas sustentáveis.
Produção mais ecológica: Tecnologia de Argila Calcinada
A nova fábrica produzirá cimento utilizando a tecnologia de argila calcinada, que representa uma pegada de carbono muito mais reduzida. Esta tecnologia não só contribui para a emissão de menos gases com efeito de estufa, como também apoia uma produção baseada na sustentabilidade com um menor consumo de energia térmica e elétrica.
A tecnologia de produção de argila calcinada da CIMPOR – ‘deOHclay’ -, possibilita poupar até 80% nas emissões de CO2, até 35% no consumo de energia elétrica e até 40% no consumo de energia térmica por tonelada. Em comparação com uma instalação com uma capacidade semelhante, mas sem tecnologia de argila calcinada, esta tecnologia tem o potencial para reduzir as emissões de CO2 na ordem das 200.000 toneladas por ano.